Os pinheiros são plantas
perenes e também produzem
resinosos. A
casca da maioria dos pinheiros é grossa e escamosa, mas em algumas espécies é escamosa. Os
brotos são produzidos em
inflorescências regulares, que de fato são uma
espiral muito apertada aparentando um anel de brotos que surgem do mesmo ponto. Muitos pinheiros são
uninodal, produzindo apenas um verticilo de brotos por ano, (de
rebentos no início da época de
floração), mas outros são
multinodal, produzindo dois ou mais verticilos de ramos por ano. Na primavera os brotos são denominados "velas" porque de cor mais clara, apontam para cima e depois escurecem e arrepiam. Estas "velas" servem para avaliar o estado nutricional das plantas.
Os pinheiros têm quatro tipos de
folhas. As mudanças começam com
(1) um verticilo de 4-20
folhas desementes (
cotiledôneas), seguida imediatamente de
(2) folhas juvenis em plantas jovens, com 2–6 cm de comprimento, simples, verdes ou verdes azuladas, arranjadas em espiral no broto. Estes são substituídos depois de seis meses a cinco anos por
(3) folhas protectoras, similares a balanças, pequenas, pardas e não-fotosintéticas, arranjadas como as folhas juvenis; e
(4) as folhas adultas ou
agulhas, verdes, (
fotossintéticas), enfeixadas em grupos (
fascículos) de (1-) 2-5 (-6) agulhas, cada fascículo é produzido a partir de um pequeno
rebento de um ramo laterar no eixo de uma folha protectora. Estes rebentos protectores permanecem muitas vezes nos fascículos como protecção básica. As agulhas persistem durante 1.5-40 anos, dependendo das espécies. Se um broto ficar danificado (comido por um animal, p.ex.), os fascículos de agulhas imediatamente abaixo do danificado irão gerar um rebento que poderá então substituir o anterior.
Os pinheiros são
monóicos, ocorrendo
cones masculinos e femininos na mesma árvore. Os cones machos são pequenos, com 1 a 5 cm de comprimento, e apenas presentes num curto período (usualmente na primavera ou no outono para outros poucos pinheiros), caindo assim que seu
pólen se disperse. Os cones femininos levam de 1,5 a 3 anos (dependendo da espécie) para amadurecer e, depois da
polinização, a fertilização pode demorar mais um ano. Na sua maturidade os cones femininos têm de 3 a 60 cm de comprimento. Cada cone tem numerosas folhas protectoras arranjadas em espiral, contendo cada uma duas sementes férteis. As folhas protectoras mais próximas à base do cone são pequenas e estéreis, sem sementes. A maioria das sementes é pequena e alada para serem dispersadas pelo vento (anemophilous), mas algumas são maiores e possuem apenas uma asa vestigial sendo então dispersadas pelos
pássaros (ver abaixo). A maturidade do cone é usualmente alcançada quando ele se abre liberando as sementes, mas nas espécies semeadas por pássaros (e.g.
Whitebark Pine ou Scrub Pine
Pinus albicaulis), será necessário que o pássaro quebre o receptáculo do cone para abri-lo. Em outras, que dependem de incêndios florestais, uma grande quantidade de cones depositada ao longo dos anos é aberta pelo fogo no mesmo incêndio que destrói a árvore-mãe, e assim repovoa a floresta.
Os pinheiros se desenvolvem bem em
solo ácido e alguns também em solo calcário; a grande maioria requer um solo bem drenado ou seja prefere solos mais arenosos, mas uns poucos, como por exemplo o
Lodgepole Pine (
Pinus contorta) são tolerantes à reduzida drenagem e a enxarcamento do solo. Alguns poucos estão aptos a rebrotarem após incêndios florestais, como por exemplo o
Canary Island Pine (
Pinus canariensis), e outros, como por exemplo
Bishop Pine (
Pinus muricata), necessitam do fogo para regenerar e suas populações, que declinam vagarosamente em regime de supressão de incêndios. Várias espécies estão adaptadas às condições climáticas extremas impostas pelas elevadas latitudes, por exemplo:
Siberian Dwarf Pine,
Mountain Pine,
Whitebark Pine e o
bristlecone pines.
Uso
O pinheiro é a
espécie comercialmente mais importante para a produção de
madeira nas regiões de
clima temperado e
tropicais do
planeta. Muitos deles são utilizados como matéria-prima para a produção da
celulose, que é empregada na produção de
papel. Isso porque o pinheiro é uma
madeira leve, que possui um rápido crescimento. Além disso ele também pode ser plantado com uma grande densidade populacional e a queda de suas
folhas (acículas) produz um efeito alelópatico em plantas de outras espécies ou seja as folhas inibem o crescimento de outras plantas (denominadas de
plantas daninhas nas
florestas plantadas), o que provoca uma redução na competição por
água,
luz e
nutrientes nas florestas de pinheiros. Um exemplo típico é o da
Pinheiro radiata (
Pinus radiata D. Don).
A
resina de algumas espécies é importante fonte de
breu do qual se extrai
terebintina e outros
óleos essenciais. Algumas espécies têm sementes comestíveis que se podem cozinhar ou assar. Algumas espécies são usadas como
árvores de natal e suas pinhas e ramos são largamente usados em decorações natalícias. Muitos pinheiros são também usados como plantas ornamentais em parques e jardins. Uma grande quantidade de espécies anãs é cultivada para plantio em jardins residenciais. Também existe uma longa tradição oriental, especialmente na
China e no
Japão, e bem difundida entre as culturas ocidentais modernas, do cultivo de miniaturas artísticas das mais diversas espécies de pinheiros, os
bonsai, um termo emprestado do idioma
japonês.
Os pinhais plantados sempre sofrem acentuado risco de incêndio por causa da camada de acículas secas que se acumulam no solo e porque a árvore possui grande quantidade de resina a ponto de seu material ser explosivo em determinadas condições.
[editar]Ligação com o Natal
O
Pinheiro é usado como símbolo do
Natal. Conta uma
lenda que, quando
Cristo nasceu, as árvores ao seu redor queriam dar-lhe presentes. Apenas o pinheiro, pobre pinheiro, não tinha presentes para dar ao "
rei". Com pena da
árvore, as
estrelas decidiram enfeitar o pinheiro, cobrindo-o com elas mesmas e palha. Assim, o pinheiro virou o símbolo do
Natal e, por isso, as pessoas enfeitam
árvores no
Natal.
[editar]Origem do nome
Em português - do
latim pinariu ou
pinu; no inglês
pine tem a mesma origem pelo francês
pin. No passado (antes do
século XIX) eram muitas vezes conhecidos por
fir, do
nórdico antigo fyrre, através do inglês da Idade Média
firre. O nome em nórdico antigo ainda é utilizado para os pinheiros em algumas línguas da Europa: em
dinamarquês,
fyr, em
Norueguês,
furu, e
Föhre em alguns locais da
Alemanha, mas no inglês moderno, "fir" é restringido ao
Abies e à
Pseudotsuga. Outros nomes europeus incluem o termo alemão
Kiefer (o nome mais vulgar na Alemanha), o
Sueco tall, o
Holandês den, o
Finlandês mänty, o
Russo sosna, o
Búlgaro e o
Servo-Croata bor, e o
Grego pitys.
Fotos: